2 Reis 23 A21
1. Então o rei mandou convocação, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele.
2. O rei foi ao templo do Senhor, acompanhado de todos os homens de Judá, os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, do mais jovem ao mais velho; e leu para eles todas as palavras do livro da aliança, que havia sido achado no templo do Senhor.
3. Então o rei se colocou em pé junto à coluna e fez uma aliança diante do Senhor, de andar com o Senhor e guardar os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, confirmando as palavras dessa aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo firmou compromisso com essa aliança.
4. O rei também mandou que o sumo sacerdote Hilquias, os sacerdotes da segunda ordem e os guardas da entrada tirassem do templo do Senhor todos os objetos que haviam sido feitos para Baal, Aserá e todo o exército do céu, e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles para Betel.
5. Destituiu os sacerdotes idólatras que os reis de Judá haviam constituído para queimarem incenso sobre os altares das colinas nas cidades de Judá e ao redor de Jerusalém, como também os que queimavam incenso a Baal, ao sol, à lua, aos planetas e a todo o exército do céu.
6. Tirou do templo do Senhor o poste-ídolo, levando-o para fora de Jerusalém, até o ribeiro de Cedrom; ali o queimou e o reduziu a pó; e jogou o pó sobre as sepulturas dos filhos do povo.
7. Derrubou as moradias dos prostitutos que estavam no templo do Senhor, em que as mulheres teciam cortinas para o poste-ídolo.
8. Tirou todos os sacerdotes das cidades de Judá e profanou os altares das colinas em que os sacerdotes queimavam incenso, desde Geba até Berseba; e derrubou os altares da entrada, perto da porta de Josué, o chefe da cidade, do lado esquerdo de quem entra na cidade.
9. Porém os sacerdotes dos altares das colinas não sacrificavam sobre o altar do Senhor em Jerusalém, mas comiam pães sem fermento no meio de seus companheiros.
10. Profanou Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém queimasse seu filho ou filha em sacrifício a Moloque.
11. Tirou os cavalos que os reis de Judá haviam consagrado ao sol, à entrada do templo do Senhor, perto da sala do oficial Natã-Meleque, que fica no pátio, e queimou os carros do sol.
12. O rei também derrubou os altares que estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais os reis de Judá haviam feito, como também os altares que Manassés fizera nos dois pátios do templo do Senhor. Depois de despedaçá-los, tirou-os dali e jogou o entulho no ribeiro de Cedrom.
13. O rei profanou também os altares das colinas que estavam a leste de Jerusalém, à direita do monte da Destruição, os quais Salomão, rei de Israel, havia edificado a Astarote, abominação dos sidônios, a Camos, abominação dos moabitas, e a Milcom, abominação dos amonitas.
O altar de Betel é profanado e derrubado14. Ele quebrou as colunas, derrubou os poste-ídolos e encheu os seus lugares de ossos humanos.
15. Ele também derrubou o altar que ficava em Betel e o altar feito por Jeroboão, filho de Nebate, que havia levado Israel a pecar. Ele queimou o altar, reduzindo-o a pó, e queimou o poste-ídolo.
16. Olhando ao redor, Josias viu as sepulturas que estavam ali no monte e mandou tirar os ossos que nelas se encontravam; e os queimou sobre aquele altar, e assim o profanou, conforme a palavra do Senhor proclamada pelo homem de Deus que predisse essas coisas.
17. Então perguntou: Que monumento é este que vejo? Os homens da cidade responderam: É a sepultura do homem de Deus que veio de Judá e predisse essas coisas que acabas de fazer contra este altar de Betel.
18. Então Josias disse: Deixai-o como está; ninguém mexa nos seus ossos. Eles deixaram os seus ossos como estavam, juntamente com os do profeta que havia vindo de Samaria.
19. Josias tirou também todos os santuários dos altares das colinas que havia nas cidades de Samaria, que os reis de Israel haviam feito para provocar o Senhor à ira, e lhes fez conforme tudo o que havia feito em Betel.
A celebração da Páscoa20. E matou todos os sacerdotes que encontrou ali sobre os respectivos altares, onde também queimou ossos humanos; depois voltou a Jerusalém.
21. Então o rei deu ordem a todo o povo: Celebrai a Páscoa ao Senhor, vosso Deus, como está escrito neste livro da aliança.
22. Pois não se celebrava a Páscoa desde quando os juízes julgavam Israel, nem durante o tempo dos reis de Israel, nem mesmo durante o tempo dos reis de Judá.
Fim do reinado de Josias e sua morte23. Esta Páscoa foi celebrada ao Senhor em Jerusalém, no décimo oitavo ano do reinado do rei Josias.
24. Além disso, Josias extirpou os adivinhos, os feiticeiros, os ídolos do lar, os outros ídolos e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, para confirmar as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias havia encontrado no templo do Senhor.
25. Antes de Josias não houve rei semelhante a ele, que se convertesse ao Senhor de todo o coração, de toda a alma e de todas as forças, conforme toda a lei de Moisés; e nunca se levantou outro semelhante depois dele.
26. Porém o Senhor não desistiu do furor de sua grande ira contra Judá por causa de todas as provocações com que Manassés o havia irritado.
27. O Senhor disse: Eu também expulsarei Judá da minha presença, como expulsei Israel, e rejeitarei esta cidade de Jerusalém que escolhi, como também o templo do qual eu prometi: O meu nome permanecerá ali para sempre.
28. Os demais atos de Josias e tudo quanto realizou estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá.
29. Durante seu reinado, o faraó Neco, rei do Egito, atacou o rei da Assíria, no rio Eufrates. E o rei Josias foi confrontá-lo, e o faraó Neco o matou em Megido, logo que o avistou.
Os reinados de Jeoacaz e Jeoaquim, reis de Judá30. Seus servos o levaram morto num carro, de Megido para Jerusalém, onde o sepultaram no seu sepulcro. E o povo da terra tomou Jeoacaz, filho de Josias, ungiram-no e o proclamaram rei em lugar de seu pai.
31. Jeoacaz tinha vinte e três anos quando começou a reinar, e reinou três meses em Jerusalém. Sua mãe se chamava Hamutal, filha de Jeremias, de Libna.
32. Ele fez o que era mau diante do Senhor, conforme tudo o que seus pais haviam feito.
33. O faraó Neco mandou prendê-lo em Ribla, na terra de Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e exigiu do país um imposto de cem talentos de prata e um talento de ouro.
34. O faraó Neco também constituiu Eliaquim, filho de Josias, rei em lugar de seu pai Josias, e mudou o seu nome para Jeoaquim. Mas levou consigo Jeoacaz ao Egito, onde morreu.
35. Jeoaquim entregou ao faraó a prata e o ouro; mas exigiu do país uma taxa, para dar essa quantia conforme a ordem do faraó. Exigiu prata e ouro do povo da terra, conforme suas posses, para entregar ao faraó Neco.
36. Jeoaquim tinha vinte e cinco anos quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Zebida, filha de Pedaías, de Ruma.
37. Ele fez o que era mau diante do Senhor, conforme tudo o que seus pais haviam feito.