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Atos 4 A21

« Pedro e João perante o Sinédrio

1.   Enquanto eles estavam falando ao povo, chegaram os sacerdotes, o capitão dos guardas do templo e os saduceus,

2. muito incomodados porque os discípulos ensinavam o povo e anunciavam em Jesus a ressurreição dentre os mortos.

3. Então os prenderam e os colocaram na prisão até o dia seguinte, pois já era tarde.

4. Contudo, muitos dos que ouviram a palavra creram, e o número dos homens que creram aumentou para quase cinco mil.

5. No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autoridades, os líderes religiosos e os escribas,

6. e também o sumo sacerdote Anás, Caifás, João, Alexandre e todos os parentes do sumo sacerdote.

7. E, colocando-os diante de si, perguntaram-lhes: Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?

8. Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e vós, líderes religiosos,

9. se hoje somos questionados acerca do benefício feito a um doente, e pelo modo como foi curado,

10. seja do conhecimento de todos vós e de todo o povo de Israel que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, por meio desse nome, este homem está aqui com boa saúde diante de vós.

11. Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual foi colocada como pedra angular.

12. E não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há outro nome entre os homens pelo qual devamos ser salvos.

13. Observando a coragem de Pedro e de João, e percebendo que eram homens simples e sem erudição, eles se admiravam; e reconheceram que eles haviam convivido com Jesus.

14. E, vendo com eles, em pé, o homem que havia sido curado, nada tinham para dizer em contrário.

15. Todavia, depois de mandá-los sair do Sinédrio, começaram a debater entre si,

16. dizendo: Que faremos a estes homens? Porque todos os que habitam em Jerusalém sabem que foi feito um sinal evidente por meio deles, e não o podemos negar.

17. Mas, para que isso não se divulgue mais entre o povo, vamos ameaçá-los para que de agora em diante a ninguém mais falem neste nome.

18. E, chamando-os, ordenaram-lhes expressamente que não falassem nem ensinassem em nome de Jesus.

19. Mas, respondendo, Pedro e João lhes disseram: Julgai se é justo diante de Deus dar ouvidos a vós e não a Deus,

20. pois não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.

21. Mas eles os ameaçaram ainda mais e, não achando motivo para castigá-los, soltaram-nos por causa do povo. Porque todos glorificavam a Deus pelo que acontecera;

22. pois o homem em quem se operara a cura miraculosa tinha mais de quarenta anos.

23. Depois de soltos, foram para os seus companheiros e lhes contaram tudo o que os principais sacerdotes e líderes religiosos lhes haviam falado.

24. Ao ouvirem isso, todos juntos elevaram a voz a Deus, dizendo: Senhor, tu que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há;

25. que, pelo Espírito Santo, disseste pela boca de nosso pai Davi, teu servo: Por que os gentios se enfureceram, e os povos imaginaram coisas vãs?

26. Os reis da terra levantaram-se, e as autoridades aliaram-se contra o Senhor e contra o seu Ungido.

27. Pois, nesta cidade, eles de fato se aliaram contra o teu santo Servo Jesus, a quem ungiste; não só Herodes, mas também Pôncio Pilatos com os gentios e os povos de Israel;

28. para fazer tudo o que a tua mão e a tua vontade predeterminaram que se fizesse.

29. Agora pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem a tua palavra com toda coragem,

30. enquanto estendes a mão para curar e para realizar sinais e feitos extraordinários pelo nome de teu santo Servo Jesus.

A generosidade dos primeiros cristãos

31. E, quando terminaram de orar, o lugar em que estavam reunidos tremeu. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a anunciar com coragem a palavra de Deus.

32. A multidão dos que criam estava unida de coração e de propósito; ninguém afirmava ser sua alguma coisa que possuísse, mas tudo era compartilhado por todos.

33. E com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos havia imensa graça.

34. Pois não existia nenhum necessitado entre eles; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o valor do que vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos.

35. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.

36. Então José, a quem os apóstolos chamavam Barnabé (que significa filho de consolação), levita, natural de Chipre,

37. possuindo um terreno, vendeu-o, trouxe o dinheiro e colocou-o aos pés dos apóstolos.

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