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Deuteronômio 15 A21

« O ano do perdão das dívidas

1.   No fim de cada sete anos, praticarás o perdão das dívidas.

2. Procederás deste modo: todo credor perdoará o que tiver emprestado ao próximo; nada exigirá do seu próximo ou do seu irmão, pois é proclamado o perdão do Senhor.

3. Poderás exigi-lo do estrangeiro, mas tu perdoarás o que te pertencer e estiver em poder do teu irmão.

4. Entretanto, não haverá pobre algum no teu meio (pois o Senhor certamente te abençoará na terra que o Senhor, teu Deus, te dá por herança para possuíres),

5. desde que ouças com atenção a voz do Senhor, teu Deus, cuidando para cumprir todo este mandamento que hoje te ordeno.

6. Porque o Senhor, teu Deus, te abençoará, como te prometeu. Assim, emprestarás a muitas nações, mas não tomarás emprestado; e dominarás muitas nações, mas elas não te dominarão.

7. Quando algum de teus irmãos for pobre, em qualquer das cidades na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não endurecerás o coração, nem fecharás a mão para teu irmão pobre;

8. pelo contrário, abrirás a mão para ele e certamente lhe emprestarás o que ele precisa, o suficiente para a sua necessidade.

9. Cuidado para que não tenhas pensamento mau no coração e venhas a dizer: Está se aproximando o sétimo ano, o ano do perdão; que o teu olhar não seja maligno para com teu irmão pobre, fazendo com que não lhe dês nada; e ele clame contra ti ao Senhor, e haja pecado em ti.

10. Tu lhe darás livremente. Não fiques com o coração triste quando lhe deres algo, pois, por causa disso, o Senhor, teu Deus, te abençoará em toda a tua obra e em tudo o que puseres a mão.

O resgate dos escravos

11. Pois nunca deixará de haver pobres na terra. Por isso, te ordeno: Livremente abrirás a mão para o teu irmão, para o necessitado e para o pobre na tua terra.

12. Se um hebreu, homem ou mulher, te for vendido, será teu escravo durante seis anos, mas tu o libertarás no sétimo ano.

13. E, quando o libertares, não deixarás que saia de mãos vazias;

14. tu lhe darás generosamente do teu rebanho, do teu trigo e das tuas uvas; darás conforme o Senhor, teu Deus, tiver te abençoado.

15. Pois te lembrarás de que foste escravo na terra do Egito e de que o Senhor, teu Deus, te resgatou; por essa razão te ordeno isso hoje.

16. Mas, se ele te disser: Não quero me afastar de ti, por gostar muito de ti e da tua família, e por estar bem contigo;

17. então pegarás uma agulha grossa e lhe furarás a orelha contra a porta, e ele será teu escravo para sempre; o mesmo farás com a tua escrava.

A consagração dos primogênitos dos animais

18. Não seja difícil aos teus olhos ter de libertá-lo, pois durante seis anos te prestou serviço equivalente ao dobro do salário de um diarista; e o Senhor, teu Deus, te abençoará em tudo o que fizeres.

19. Santificarás ao Senhor, teu Deus, todo primogênito que nascer das tuas vacas e das tuas ovelhas; não trabalharás com a primeira cria das vacas, nem tosquiarás a primeira cria das ovelhas.

20. Todos os anos, tu os comerás diante do Senhor, teu Deus, tu e a tua família, no lugar que o Senhor escolher.

21. Mas, se houver algum defeito nele, por exemplo, se for aleijado, ou cego, ou tiver qualquer outro defeito, não o sacrificarás ao Senhor, teu Deus.

22. Tu o comerás nas tuas cidades; tanto o impuro como o puro o comerão, como se fosse gazela ou cervo.

23. Somente não poderás comer o seu sangue; tu o derramarás sobre a terra como água.

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