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Eclesiastes 1 A21

Os ciclos enfadonhos da vida

1. Palavras do sábio, filho de Davi, rei em Jerusalém.

2. Diz o sábio: Que grande ilusão! Que grande ilusão! Tudo é ilusão!

3. Que vantagem tem o homem em todo o seu trabalho, em que tanto se esforça debaixo do sol?

4. Gerações vêm, gerações vão, mas a terra permanece a mesma.

5. O sol nasce, o sol se põe e se apressa em voltar ao lugar de onde nasce novamente.

6. O vento sopra para o sul, depois vira para o norte; dá voltas e mais voltas e acaba no seu ponto de partida.

7. Todos os rios vão para o mar, e mesmo assim o mar nunca se enche; ainda que sempre corram para lá, tornam a correr para lá.

8. Todas as coisas resultam em canseira; ninguém consegue explicá-las. Os olhos não se cansam de ver, nem os ouvidos de ouvir.

9. O que foi será, e o que se fez, se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol.

10. Será que existe alguma coisa da qual se possa dizer: Vê! Isto é novo? Não! Já existiu em épocas anteriores à nossa.

11. Já não há lembrança das gerações passadas; nem haverá lembrança das gerações futuras entre os que virão depois delas.

12. Eu, o sábio, fui rei sobre Israel em Jerusalém.

13. Dediquei o coração a examinar e investigar com sabedoria tudo o que se faz debaixo do céu. Que tarefa pesada é esta que Deus atribuiu aos homens!

14. Observei tudo o que se faz debaixo do sol; tudo é ilusão, é perseguir o vento!

15. Não se pode endireitar o que é torto; não se pode contar o que falta.

16. Então pensei comigo mesmo: Tornei-me um homem próspero, cuja sabedoria é maior do que a dos que governaram Jerusalém antes de mim; realmente acumulei muita sabedoria e conhecimento.

17. Por isso, dediquei o coração a compreender a sabedoria e o conhecimento, mas aprendi que isso também é perseguir o vento.

18. Porque em muita sabedoria há também muita frustração; quanto maior o conhecimento, maior é a tristeza.

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