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Ezequiel 3 A21

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1.   Em seguida, ele me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel.

2. Então abri a boca, e ele me deu o rolo para comer.

O profeta é chamado para falar a Israel

3. E disse-me: Filho do homem, come e enche o estômago com este rolo que te dou. Então o comi, e minha boca ficou doce como o mel.

4. E ele me disse ainda: Filho do homem, vai à casa de Israel e dize-lhe as minhas palavras.

5. Pois não estás sendo enviado a um povo de fala estranha, nem de língua difícil, mas à casa de Israel;

6. nem a muitos povos de fala estranha e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu te enviasse a esses, certamente te ouviriam.

7. Mas a casa de Israel não aceitará ouvir-te; pois não querem me escutar; porque toda a casa de Israel é obstinada e rebelde.

8. E eu te faço tão rigoroso e inflexível quanto eles.

9. Faço a tua testa como o diamante, mais dura do que a pederneira. Não os temas, nem te assustes com a presença deles, embora sejam casa rebelde.

10. Disse-me mais: Filho do homem, guarda no coração todas as palavras que te direi; ouve-as atentamente.

11. Vai encontrar-te com os exilados, com o teu próprio povo; tu lhes falarás e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus; quer ouçam, quer deixem de ouvir.

12. Então o Espírito me levantou, e ouvi detrás de mim uma voz estrondosa que dizia: Bendita seja a glória do Senhor na sua habitação.

13. E ouvi o ruído das asas dos seres viventes, que tocavam umas nas outras, e o barulho das rodas ao lado deles, e o som de um grande estrondo.

14. Então o Espírito me levantou e me levou; e saí amargurado, com meu espírito indignado, e com a mão forte do Senhor sobre mim.

O atalaia de Israel

15. E fui aos exilados que moravam emTel‑Abibe, junto ao rio Quebar, e fiquei onde eles moravam; e durante sete dias permaneci atônito ali no meio deles.

16. Ao fim dos sete dias, a palavra do Senhor veio a mim:

17. Filho do homem, eu te fiz atalaia sobre a casa de Israel; quando ouvires uma palavra da minha boca, tu a advertirás por mim.

18. Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o advertires e não disseres nada para adverti-lo do seu mau caminho, a fim de salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade; mas exigirei da tua mão o sangue dele.

19. Se, porém, advertires o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu mau caminho, ele morrerá na sua maldade; mas tu livraste a ti mesmo.

20. Da mesma forma, quando o justo se desviar da sua justiça e praticar o mal, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; morrerá no seu pecado porque não o advertiste, e as obras de justiça que ele tiver praticado não serão levadas em conta; mas exigirei da tua mão o sangue dele.

21. Mas, se advertires o justo para que não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque recebeu a advertência; e tu livraste a ti mesmo.

22. A mão do Senhor estava ali sobre mim, e ele me disse: Levanta-te e desce ao vale; ali falarei contigo.

23. Então me levantei e desci ao vale; e a glória do Senhor estava ali, como a glória que vi junto ao rio Quebar; diante disso, caí com o rosto em terra.

24. Então o Espírito entrou em mim e me pôs em pé; e falou comigo: Entra e tranca-te em tua casa.

25. Filho do homem, eles te amarrarão com cordas e te prenderão com elas, e não conseguirás fugir do meio deles.

26. E farei que a tua língua grude no céu da boca; ficarás mudo e não os repreenderás, pois são casa rebelde.

27. Mas quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, e lhes dirás: Assim diz o Senhor Deus: Quem quiser ouvir, ouça, e quem não quiser ouvir, não ouça; pois são casa rebelde.

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