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Isaías 28 A21

« O castigo de Efraim e Judá

1.   Ai da coroa altiva dos bêbados de Efraim e da flor murcha do seu enfeite elegante, que está sobre a cabeça do vale fértil dos dominados pelo vinho.

2. O Senhor tem um homem valente e poderoso que a derrubará por terra violentamente. Ele é como tempestade de saraiva, tormenta destruidora, como tempestade de águas impetuosas que transbordam.

3. A coroa altiva dos bêbados de Efraim será pisada com os pés;

4. e a flor murcha do seu enfeite elegante, que está sobre a cabeça do vale fértil, será como figo que amadurece antes do verão, que é devorado e engolido assim que alguém o vê.

5. Naquele dia o Senhor dos Exércitos será coroa de glória e formoso diadema para o restante de seu povo;

6. e será espírito de juízo para quem se assenta para julgar, fortaleza para quem impede que a batalha passe pela porta.

7. Mas estes cambaleiam também por causa do vinho e se desencaminham com a bebida forte; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos de vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram nas visões e tropeçam nos julgamentos.

8. Pois todas as suas mesas estão cheias de vômito, e não há lugar limpo.

9. A quem ele ensinará o conhecimento? A quem fará entender a mensagem? Aos desmamados? Aos recém-tirados do peito?

10. É preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali.

11. Na verdade ele falará com lábios que gaguejam e por língua estranha a este povo,

12. ao qual disse: Este é o lugar de descanso, deixai o cansado descansar; e este é o lugar de repouso; mas eles não quiseram ouvir.

A destruição de Jerusalém

13. Assim, a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali; para que possam ir, cair para trás, machucar-se, ser enlaçados e capturados.

14. Ó zombadores, que dominais este povo que está em Jerusalém, ouvi a palavra do Senhor.

15. Pois dizeis: Fizemos uma aliança com a morte e um acordo com a sepultura; quando a calamidade destruidora vier, não nos atingirá, pois fizemos da mentira o nosso refúgio e nos escondemos sob a falsidade.

16. Portanto, assim diz o Senhor Deus: Ponho em Sião uma pedra como alicerce, pedra aprovada, pedra angular preciosa, de firme fundamento; aquele que crer nunca será abalado.

17. E farei do juízo a linha de medir e da justiça, o prumo; e a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas inundarão o esconderijo.

18. A vossa aliança com a morte será anulada; e o vosso acordo com a sepultura não subsistirá; e, quando vier a calamidade destruidora, sereis abatidos por ela.

19. Todas as vezes que vier, ela vos levará, porque passará a cada manhã, de dia e de noite; só ouvir tal notícia será motivo de terror.

20. A cama é tão curta que ninguém consegue se deitar, e o cobertor, tão estreito que ninguém consegue se cobrir.

21. O Senhor se levantará como no monte Perazim, mostrará sua ira como no vale de Gibeão, para realizar a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu feito, o seu estranho feito.

Uma parábola da lavoura

22. Agora, não fiquem zombando, para que as vossas correntes não se tornem mais fortes; porque veio uma ordem de destruição total e decretada sobre toda a terra, da parte do Senhor, o Senhor dos Exércitos.

23. Inclinai os ouvidos e ouvi a minha voz; escutai e ouvi o meu discurso.

24. Por acaso o lavrador que semeia lavra sem parar? Fica cavando e gradeando a terra?

25. Não é assim! Depois de nivelar a superfície, ele espalha o endro, semeia o cominho, lança o trigo em eiras, a cevada no lugar determinado e a espelta na margem.

26. Pois o seu Deus o instrui como devia e lhe ensina.

27. Porque o endro não se trilha com instrumento de trilhar, nem sobre o cominho passa a roda de carro; mas o endro é debulhado com uma vara, e o cominho, com um pau.

28. Por acaso o trigo é esmiuçado? Não! Não se trilha todo tempo, nem se tritura com as rodas do seu carro, e os seus cavalos não o esmiúçam.

29. Isso procede do Senhor dos Exércitos, que é maravilhoso em conselho e grande em sabedoria.

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