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Jeremias 51 A21

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1.   Assim diz o Senhor: Levantarei um vento destruidor contra a Babilônia e contra os que habitam em Lebe-Camai.

2. Enviarei peneiradores contra a Babilônia, que a peneirarão como o trigo e esvaziarão a sua terra, quando a cercarem no dia de sua desgraça.

3. Não arme o flecheiro o seu arco, nem se levante o que estiver com sua couraça; não perdoeis aos seus jovens; destruí completamente todo o seu exército.

4. Cairão mortos na terra dos babilônios e feridos nas suas ruas.

5. Pois Israel e Judá não foram abandonados pelo seu Deus, o Senhor dos Exércitos, ainda que a terra deles esteja cheia de culpas contra o Santo de Israel.

6. Fugi da Babilônia, e cada um salve a sua vida; não sejais exterminados por causa da sua maldade, pois este é o tempo da vingança do Senhor; ele lhe retribuirá o que merece.

7. A Babilônia era um copo de ouro na mão do Senhor e embriagava toda a terra; as nações beberam do seu vinho e por isso estão fora de si.

8. A Babilônia caiu de repente e ficou arruinada; chorai por ela; tomai bálsamo para o seu ferimento, talvez sare.

9. Queríamos sarar a Babilônia, mas ela não sarou; abandonai-a, e vamo-nos, cada um para a sua terra; pois o seu julgamento chega até o céu e se eleva até as mais altas nuvens.

10. O Senhor trouxe à luz a nossa justiça; vinde e anunciemos em Sião a obra do Senhor, nosso Deus.

11. Afiai as flechas, preparai os escudos; o Senhor despertou o espírito dos reis dos medos; porque o seu propósito é destruir a Babilônia; pois esta é a vingança do Senhor, a vingança do seu templo.

12. Levantai um estandarte sobre os muros da Babilônia, reforçai a guarda, colocai sentinelas, preparai as emboscadas; porque o Senhor planejou e executou o que havia falado acerca dos moradores da Babilônia.

13. Ó tu, que habitas sobre muitas águas, rica de tesouros! Chegou o teu fim, a hora de seres eliminada.

14. O Senhor dos Exércitos jurou por si mesmo: Certamente te encherei de guerreiros, como um enxame de gafanhotos; e eles levantarão o grito de vitória sobre ti.

15. É ele quem fez a terra com seu poder, estabeleceu o mundo com sua sabedoria e estendeu os céus com seu entendimento.

16. As águas no céu rugem ao som de sua voz, e ele faz subir as nuvens desde as extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva e tira o vento dos seus tesouros.

17. Todo homem tornou-se embrutecido e ignorante; todo ourives é envergonhado por suas imagens esculpidas, pois as suas imagens de fundição são ilusão e não têm vida.

18. São inúteis e obras de engano; quando chegar seu castigo, serão destruídas.

19. A porção de Jacó não é semelhante a essas; porque ele é o que forma todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; o Senhor dos Exércitos é o seu nome.

20. Tu és meu martelo e arma de guerra; contigo despedaçarei nações; contigo destruirei os reis;

21. contigo despedaçarei o cavalo e seu cavaleiro; contigo despedaçarei a carruagem e o que nela vai;

22. contigo despedaçarei o homem e a mulher; contigo despedaçarei o velho e o moço; contigo despedaçarei o jovem e a moça;

23. contigo despedaçarei o pastor e seu rebanho; contigo despedaçarei o lavrador e sua junta de bois; e contigo despedaçarei governadores e magistrados.

24. Diante de vossos olhos pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldeia toda a maldade que cometeram em Sião, diz o Senhor.

25. Aqui estou contra ti, ó monte destruidor, diz o Senhor, que destróis toda a terra; estenderei a minha mão contra ti e te precipitarei dos penhascos abaixo; farei de ti um monte em chamas.

26. E não tomarão de ti pedra angular, nem pedra para fundamentos; mas ficarás destruída para sempre, diz o Senhor.

27. Levantai um estandarte na terra, tocai a trombeta entre as nações, preparai as nações contra ela, convocai contra ela os reinos de Ararate, Mini e Asquenaz; ponde sobre ela um capitão, fazei subir cavalos, como um enxame de gafanhotos.

28. Preparai contra ela as nações, os reis dos medos, seus governadores e magistrados, e toda a terra do seu domínio.

29. A terra estremece e está angustiada; porque os planos do Senhor estão firmes contra a Babilônia, para fazer dessa terra um deserto desabitado.

30. Os guerreiros da Babilônia pararam de lutar, ficam nas fortalezas, acabou sua força, tornaram-se como mulheres; suas moradas foram queimadas, e as trancas das suas portas foram quebradas.

31. Um emissário é enviado ao encontro de outro emissário, e um mensageiro, ao encontro de outro mensageiro, para anunciar ao rei da Babilônia que a sua cidade está cercada por todos os lados.

32. As travessias dos rios foram ocupadas, os juncos dos pântanos foram queimados, e os guerreiros estão aterrorizados.

33. Pois assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: A filha da Babilônia é como a eira no tempo da debulha; ainda um pouco, e o tempo da colheita lhe virá.

34. Nabucodonosor, rei da Babilônia, devorou-me, esmagou-me, fez de mim um vaso vazio, tragou-me como se fosse um monstro, encheu o seu estômago de nossa deliciosa comida e nos vomitou.

35. Que a violência cometida contra mim e contra minha descendência venha sobre a Babilônia, diga o morador de Sião. O meu sangue caia sobre os moradores da Babilônia, diga Jerusalém.

36. Por isso, assim diz o Senhor: Defenderei a tua causa e te vingarei; secarei o seu mar e farei que se esgote a fonte dela.

37. A Babilônia se tornará em montões, morada de chacais, objeto de horror e zombaria, sem habitantes.

38. Os babilônios rugem como leões novos e urram como filhotes de leões.

39. Quando seu apetite estiver incontrolável, eu lhes prepararei um banquete e os embriagarei, para que fiquem alegres, durmam um sono eterno e não acordem, diz o Senhor.

40. Eu os levarei como cordeiros ao matadouro, como carneiros e bodes.

41. Como Sesaque foi tomada, apanhada de surpresa a glória de toda a terra! Como a Babilônia se tornou objeto de horror entre as nações!

42. O mar subiu sobre a Babilônia; ela está coberta com a multidão das suas ondas.

43. As suas cidades tornaram-se em ruínas, terra seca e deserta, terra em que ninguém habita, nem passa por ela ser humano algum.

44. Castigarei Bel na Babilônia e tirarei da sua boca o que ele tragou; nunca mais virão a ele as nações; o muro da Babilônia está caído.

45. Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a própria vida da ardente ira do Senhor.

46. Não desfaleça o vosso coração, nem temais pelo rumor que se ouvir na terra; pois virá num ano um rumor, e depois em outro ano, outro rumor; e haverá violência na terra, dominador contra dominador.

47. Portanto, vêm os dias em que executarei juízo sobre as imagens esculpidas da Babilônia; e toda a sua terra ficará envergonhada; todos os seus feridos cairão no meio dela.

48. Então o céu e a terra, com tudo quanto neles há, se alegrarão sobre a Babilônia; pois do norte lhe virão os destruidores, diz o Senhor.

49. A Babilônia cairá por causa dos mortos de Israel, assim como os mortos de toda a terra têm caído por causa da Babilônia.

50. Vós, que escapastes da espada, ide, não permaneçais; desde terras longínquas lembrai-vos do Senhor, e suba Jerusalém à vossa mente.

51. Estamos envergonhados, porque fomos ofendidos; a vergonha cobriu o nosso rosto; pois estrangeiros entraram nos santuários da casa do Senhor.

52. Portanto, dias virão, diz o Senhor, em que executarei juízo sobre suas imagens esculpidas; e os feridos gemerão por toda a sua terra.

53. Ainda que a Babilônia subisse ao céu, e ainda que a parte elevada de sua fortaleza fosse fortificada, assim mesmo destruidores viriam de minha parte sobre ela, diz o Senhor.

54. Da Babilônia se ouvem gritos, e da terra dos babilônios, ruído de grande destruição!

55. Pois o Senhor está despojando a Babilônia e emudecendo sua poderosa voz. Bramam as ondas do inimigo como muitas águas; ouve-se o ruído da sua voz.

56. Porque o destruidor veio sobre ela, sobre a Babilônia, e seus guerreiros estão presos; os seus arcos já estão despedaçados; pois o Senhor é Deus da retribuição, ele certamente retribuirá.

57. Embriagarei seus príncipes e sábios, seus governadores, magistrados e guerreiros; e dormirão um sono eterno, jamais acordarão, diz o Rei, cujo nome é Senhor dos Exércitos.

O livro das profecias deve ser lançado no Eufrates

58. Assim diz o Senhor dos Exércitos: O muro largo da Babilônia será totalmente derrubado, e suas portas altas serão incendiadas; os povos trabalharão em vão, e as nações se cansarão apenas para serem queimadas.

59. Esta é a palavra que o profeta Jeremias mandou a Seraías, filho de Nerias, filho de Maseias, quando ia com Zedequias, rei de Judá, para a Babilônia, no quarto ano do seu reinado. Seraías era o principal dos camareiros.

60. Então Jeremias escreveu num livro toda a desgraça que havia de sobrevir à Babilônia, a saber, todas estas palavras que estão escritas acerca da Babilônia.

61. E Jeremias disse a Seraías: Quando chegares à Babilônia, cuida para que leias todas estas palavras;

62. e dirás: Tu, Senhor, falaste que destruirias este lugar, até que nenhum morador permanecesse, quer homem, quer animal, mas que se tornaria em ruínas para sempre.

63. E acabando de leres este livro, atarás uma pedra nele e o jogarás no meio do Eufrates.

64. E dirás: Assim a Babilônia será submergida, e não se levantará, por causa da desgraça que vou trazer sobre ela. E eles cairão. Até aqui são as palavras de Jeremias.

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