Jó 37 A21
1. Meu coração também treme diante disso e salta do seu lugar.
2. Dai atentamente ouvidos ao estrondo da voz de Deus e ao som que sai da sua boca.
3. Ele o envia por debaixo de todo o céu, e o seu relâmpago, até aos confins da terra.
4. Depois do relâmpago ruge uma grande voz; ele troveja com a sua voz majestosa; não retarda os raios, quando se ouve a sua voz.
5. Com a sua voz Deus troveja de forma maravilhosa; faz grandes coisas, que não compreendemos.
6. Pois diz à neve: Cai sobre a terra; como também às chuvas e aos aguaceiros: Aumentai.
7. Ele sela as mãos de todo homem, para que todos saibam que ele os fez.
8. Os animais selvagens entram nos esconderijos e ficam nos seus covis.
9. Do recanto do sul sai o tufão, e do norte, o frio.
10. Ao sopro de Deus forma-se o gelo, e as águas imensas são congeladas.
11. Também de umidade carrega as espessas nuvens; as nuvens espalham relâmpagos.
12. Fazem evoluções sob a sua direção, para efetuar tudo quanto lhes ordena sobre a superfície do mundo habitável:
13. seja para a disciplina, ou para a sua terra, ou para o bem, que faça vir as nuvens.
14. Jó, inclina os teus ouvidos para isso; para e reflete sobre as obras maravilhosas de Deus.
15. Sabes tu como Deus lhes dá as suas ordens e faz brilhar o relâmpago da sua nuvem?
16. Compreendes o equilíbrio das nuvens e as maravilhas daquele que é perfeito no conhecimento;
17. tu, cujas vestes são quentes, quando a terra está calma por causa do vento sul?
18. Por acaso podes, como ele, estender o firmamento, que é sólido como um espelho fundido?
19. Ensina-nos o que lhe diremos; pois nós, por causa das trevas, nada poderemos colocar em boa ordem.
20. Alguém lhe contaria o que tenho falado? Ou desejaria um homem ser devorado?
21. O homem não pode olhar para o sol, que resplandece no céu depois que o vento passa e o deixa limpo.
22. Do norte vem o áureo esplendor; em Deus há tremenda majestade.
23. Quanto ao Todo-poderoso, não conseguimos compreendê-lo; ele é grande em poder e justiça, pleno de retidão. Ele não oprimiria ninguém.
24. Por isso, os homens o temem; ele não respeita os que se julgam sábios.