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Jó 39 A21

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1.   Tu conheces o tempo do parto das cabras selvagens? Podes observar quando as corças dão à luz?

2. Podes contar os meses que cumprem, ou sabes o tempo do seu parto?

3. Encurvam-se, dão à luz as suas crias, geram de si a prole.

4. Seus filhos se fortalecem, crescem em campo aberto, saem e não voltam para elas.

5. Quem libertou o jumento selvagem e quem soltou as cordas do asno veloz,

6. que fiz habitar no deserto e morar na terra árida?

7. Ele despreza o tumulto da cidade; não obedece aos gritos do condutor.

8. O circuito das montanhas é o seu pasto, e vai em busca de tudo o que está verde.

9. Por acaso o boi selvagem te serviria? Ficaria junto à tua manjedoura?

10. Podes com uma corda prender o boi selvagem ao arado e seguirá ele a ti arando os vales?

11. Confiarás nele, por causa da sua grande força, ou deixarás a seu cargo o teu trabalho?

12. Terás confiança de que ele te trará o que semeaste para ajuntar na tua eira?

13. As asas da avestruz movem-se alegremente; mas é belo o adorno da sua plumagem?

14. Pois ela deixa os seus ovos na terra e os aquece no pó,

15. e se esquece de que algum pé pode pisá-los ou de que um animal pode esmagá-los.

16. É dura com os filhotes, como se não fossem seus; embora o seu trabalho se perca, ela não teme;

17. porque Deus a privou de sabedoria e não lhe concedeu entendimento.

18. Quando ela se levanta para correr, zomba do cavalo e do cavaleiro.

19. Por acaso deste força ao cavalo, ou revestiste de força o seu pescoço?

20. Fizeste-o pular como o gafanhoto, aterrorizando com seu relinchar impressionante?

21. Ele escava no vale e tem prazer em mostrar a sua força; sai ao encontro dos armados.

22. Ri do temor e não se espanta; não volta atrás por causa da espada.

23. A aljava, a lança cintilante e o dardo rangem sobre ele.

24. Tremendo e enfurecido devora a terra e não se contém ao som da trombeta.

25. Toda vez que soa a trombeta, diz: Eia! E de longe cheira a guerra, o trovejar dos capitães e os gritos.

26. É pelo teu entendimento que o gavião se eleva e estende as suas asas para o sul?

27. Ou é diante das tuas ordens que a águia sobe e faz o seu ninho no alto?

28. Mora nos penhascos e ali tem a sua pousada, no topo dos penhascos, em lugar seguro.

29. Dali descobre a presa; seus olhos a enxergam de longe.

30. Seus filhotes sugam o sangue e onde há mortos, ali ela está.

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