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Miqueias 7 A21

« Lamento pelo pecado da nação

1.   Ai de mim! Porque estou como quem colhe as frutas do verão, como os que rebuscam na vinha; não há cacho de uvas para comer, nem figo novo que tanto desejo.

2. O homem piedoso foi aniquilado da terra; não há sequer um justo entre os homens; todos armam ciladas para derramar sangue; cada um caça seu irmão com uma armadilha.

3. As suas mãos estão aptas para fazer o mal. O príncipe e o juiz exigem suborno; os nobres impõem seu próprio desejo. Todos eles tramam o crime.

4. O melhor deles é como um espinheiro; o mais justo é pior que uma cerca de espinhos. Chegou o dia anunciado por seus vigias, o dia de castigo; agora começará a sua confusão.

5. Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro; tende cuidado com o que dizeis até para aquela que vos abraça.

6. Pois o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, e a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os da própria casa.

7. Eu, porém, confiarei no Senhor; esperarei no Deus da minha salvação. O meu Deus me ouvirá.

8. Não te alegres a meu respeito, inimiga minha; quando eu cair, me levantarei; quando eu estiver em trevas, o Senhor será a minha luz.

9. Suportarei a ira do Senhor, porque tenho pecado contra ele; até que ele julgue a minha causa e execute o meu direito. Ele me tirará para a luz, e eu verei a sua justiça.

10. E a minha inimiga verá isso e ficará coberta de confusão; ela, que me disse: Onde está o Senhor, teu Deus? Os meus olhos a contemplarão; agora ela será pisada como a lama das ruas.

11. É dia de reedificar os teus muros! Naquele dia o teu território será expandido amplamente.

12. Naquele dia virão a ti da Assíria e das cidades do Egito, e do Egito até o rio, e de mar a mar, e de montanha a montanha.

13. Mas a terra será entregue à ruína por causa dos seus moradores, por causa do fruto das suas obras.

14. Conduze com a tua vara o teu povo, o rebanho da tua herança, que habita a sós no bosque, no meio do Carmelo; recebam cuidado em Basã e Gileade, como nos dias antigos.

15. Eu lhes mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito.

16. As nações o verão e se envergonharão, por causa de todo o seu poder; porão a mão sobre a boca, e os seus ouvidos ficarão surdos.

17. Lamberão o pó como serpentes; como animais rastejantes da terra, sairão tremendo dos seus esconderijos; virão ao Senhor, nosso Deus, com pavor e terão medo de ti.

18. Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a maldade e te esqueces da transgressão do remanescente da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele tem prazer na misericórdia.

19. Tornará a ter compaixão de nós; pisará as nossas maldades. Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

20. Mostrarás a fidelidade a Jacó e o amor a Abraão, conforme juraste a nossos pais desde os dias antigos.