Números 23 A21
1. E Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares e prepara-me sete novilhos e sete carneiros.
2. E Balaque fez como Balaão tinha dito; e Balaque e Balaão ofereceram um novilho e um carneiro sobre cada altar.
3. Então Balaão disse a Balaque: Fica aqui em pé junto ao teu holocausto, e eu me afastarei; talvez o Senhor venha ao meu encontro, e te direi o que ele me mostrar. Assim, ele se dirigiu a um lugar alto.
4. E, quando Deus o encontrou, Balaão lhe disse: Preparei os sete altares e ofereci um novilho e um carneiro sobre cada altar.
5. Então o Senhor pôs uma palavra na boca de Balaão e disse: Volta para Balaque e assim falarás.
A primeira profecia de Balaão6. Balaão voltou a Balaque, que estava em pé junto ao seu holocausto, com todos os líderes de Moabe.
7. Então Balaão proferiu seu oráculo: Balaque, rei de Moabe, mandou trazer-me de Arã, desde as montanhas do oriente, dizendo: Vem, amaldiçoa Jacó para mim; vem, sentencia Israel.
8. Como amaldiçoarei a quem Deus não amaldiçoou? Como sentenciarei a quem o Senhor não sentenciou?
9. Pois o vejo do alto dos rochedos e o contemplo das colinas. Este é um povo que habita só e entre as nações não é contado.
10. Quem poderia contar o pó de Jacó e o número da quarta parte de Israel? Que eu morra a morte dos justos, e o meu fim seja como o deles.
11. Então Balaque disse a Balaão: Que me fizeste? Eu te chamei para amaldiçoar meus inimigos, e tu os abençoaste muito.
A segunda profecia de Balaão12. E ele respondeu: Não deveria eu falar o que o Senhor põe em minha boca?
13. Então Balaque lhe disse: Peço-te que venhas comigo a outro lugar, de onde o poderás ver. Verás somente uma parte dele; não verás todo o povo. Amaldiçoa-o dali para mim.
14. Então, levou-o ao campo de Zofim, ao cume do Pisga. E, tendo edificado sete altares, ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada um deles.
15. E Balaão disse a Balaque: Fica aqui em pé junto ao teu holocausto, enquanto vou ao encontro do Senhor.
16. E, quando o Senhor encontrou-se com Balaão, pôs na sua boca uma palavra e disse: Volta para Balaque e assim falarás.
17. Então ele voltou a Balaque, que estava em pé junto ao seu holocausto com os chefes de Moabe. E Balaque lhe perguntou: O que o Senhor falou?
18. E Balaão proferiu seu oráculo: Balaque, levanta-te e ouve; escuta-me, filho de Zipor;
19. Deus não é homem para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa. Por acaso, tendo ele dito, não o fará? Ou, havendo falado, não o cumprirá?
20. Recebi ordem para abençoar; pois ele abençoou, e não posso revogar a bênção.
21. Ele não olha para o pecado de Jacó, nem para a maldade de Israel. O Senhor seu Deus está com ele; no meio dele se ouve a aclamação de um rei.
22. Foi Deus quem os tirou do Egito. A força deles é como a do boi selvagem.
23. Não há encantamento contra Jacó, nem adivinhação contra Israel. Agora dirão sobre Jacó e Israel: Que coisas Deus tem feito!
24. O povo se levanta como leoa e se ergue como leão; não se deitará até que devore a presa e beba o sangue dos que foram mortos.
25. Então Balaque disse a Balaão: Se não vais amaldiçoá-lo, também não o abençoes.
26. Mas Balaão respondeu a Balaque: Eu não te disse que tenho de fazer tudo o que o Senhor falar?
27. E Balaque disse a Balaão: Vem agora, e eu te levarei a outro lugar. Pode ser que dali Deus queira que amaldiçoes o povo para mim.
28. Então Balaque levou Balaão ao cume do Peor, que dá para o deserto.
29. E Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares e prepara-me aqui sete novilhos e sete carneiros.
30. Balaque fez como Balaão lhe disse e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar.