Provérbios 23 A21
1. Quando te assentares para comer com um governador, presta bastante atenção naquele que está diante de ti;
2. e põe uma faca em tua garganta, se fores homem de muito apetite.
3. Não cobices seus pratos saborosos, porque é comida enganadora.
4. Não te fatigues para ser rico; sê sábio e te contém.
5. Por que desejarias as riquezas, que nada são? Elas fazem asas para si e, à semelhança da águia, voam para o céu.
6. Não comas a refeição do invejoso, nem cobices seus deliciosos manjares.
7. Porque ele pensa somente em si mesmo. Mesmo quando te diz: Come e bebe à vontade, seu coração não é sincero.
8. Vomitarás o que comeste e desperdiçarás tuas palavras agradáveis.
9. Não fales aos ouvidos do tolo, pois ele desprezará a sabedoria das tuas palavras.
10. Não removas os limites antigos, nem entres nos campos dos órfãos,
11. porque seu redentor é forte; ele defenderá a causa deles contra ti.
12. Dedica teu coração à instrução, e teus ouvidos, às palavras do conhecimento.
13. Não retires a disciplina da criança, pois, se a castigares com a vara, ela não morrerá.
14. Castigando-a com a vara tu a livrarás da sepultura.
15. Meu filho, se teu coração for sábio, o meu próprio coração se alegrará,
16. e exultará, quando teus lábios falarem coisas corretas.
17. Não tenhas inveja dos pecadores; pelo contrário, conserva-te todos os dias no temor do Senhor.
18. Porque certamente terás uma recompensa, a tua esperança não será frustrada.
19. Ouve, meu filho, sê sábio e conduze teu coração pelo caminho.
20. Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.
21. Porque o beberrão e o comilão caem na pobreza, e a sonolência cobrirá o homem de trapos.
22. Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando ela envelhecer.
23. Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, a disciplina e o entendimento.
24. O pai do justo terá grandes alegrias, e quem gerar um filho sábio, nele se alegrará.
25. Alegrem-se teu pai e tua mãe, regozije-se aquela que te deu à luz.
26. Meu filho, dá-me teu coração, e que os teus olhos se agradem dos meus caminhos.
27. Porque a prostituta é cova profunda; e a adúltera, poço estreito.
28. À semelhança de um assaltante, ela fica à espreita e aumenta o número de homens infiéis.
29. Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as lutas, para quem as queixas? Para quem as feridas sem motivo? E para quem os olhos vermelhos?
30. Para os que se demoram bebendo vinho, para os que andam em busca de bebida forte.
31. Não olhes para o vinho quando está vermelho, quando brilha no copo e escoa suavemente.
32. No fim, morderá como a cobra e picará como a víbora.
33. Teus olhos verão coisas estranhas, e tu falarás perversidades.
34. Serás como quem se deita no meio do mar, como quem dorme no topo do mastro.
35. Tu dirás: Espancaram-me, e não doeu; bateram-me, e não senti. Quando despertarei para voltar a beber?