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Salmos 102 A21

« Queixa de um aflito ao Senhor

1.   Ó Senhor, ouve minha oração, e chegue a ti o meu clamor.

2. Não escondas de mim o rosto, quando estou angustiado; inclina os ouvidos para mim; quando eu clamar, ouve-me depressa.

3. Pois meus dias desaparecem como fumaça, e meus ossos ardem como brasas.

4. Meu coração está ferido e seco como a erva, por isso até me esqueço de comer.

5. De tanto gemer, meus ossos se apegam à pele.

6. Sou como um pelicano no deserto, como a coruja das ruínas.

7. Não durmo e fico como um passarinho solitário no telhado.

8. Meus inimigos me afrontam todo dia; os que estão furiosos comigo me amaldiçoam.

9. Tenho me alimentado de cinzas e misturado minha bebida com lágrimas,

10. por causa da tua indignação e da tua ira; pois tu me levantaste e me lançaste para longe de ti.

11. Meus dias são como a sombra que declina, e vou murchando como a erva.

12. Mas tu, Senhor, estás entronizado para sempre; teu nome será lembrado por todas as gerações.

13. Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois é tempo de te compadeceres dela, sim, o tempo determinado já chegou.

14. Porque teus servos amam até suas pedras e se compadecem por causa de sua ruína.

15. As nações temerão o nome do Senhor, e todos os reis da terra, a tua glória,

16. quando o Senhor edificar Sião e se manifestar em glória,

17. atendendo à oração do desamparado e não desprezando sua súplica.

18. Escreva-se isso para a geração futura, para que um povo que será criado louve o Senhor.

19. Pois olhou do alto do seu santuário; o Senhor olhou dos céus para a terra,

20. para ouvir o gemido dos presos, para libertar os condenados à morte;

21. a fim de que seja anunciado em Sião o nome do Senhor, e seu louvor, em Jerusalém,

22. quando se congregarem os povos e os reinos, para prestar culto ao Senhor.

23. Ele abateu minha força no caminho; abreviou meus dias.

24. Eu clamo: Meu Deus, tu, cujos anos se estendem a todas as gerações, não me leves na metade da minha vida.

25. Desde a antiguidade fundaste a terra, e os céus são obra das tuas mãos.

26. Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles envelhecerão como uma vestimenta; tu os mudarás como roupa, e assim ficarão.

27. Mas tu és o mesmo, e teus anos não terão fim.

28. Os filhos dos teus servos habitarão seguros, e a sua descendência ficará firmada diante de ti.

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