Rute 2 A21
1. Noemi tinha um parente por parte de seu marido, um homem rico e influente, da família de Elimeleque, que se chamava Boaz.
2. Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir para recolher espigas no campo de quem permitir. E ela lhe respondeu: Vai, minha filha.
3. Ela foi e, chegando ao campo, recolhia as espigas que os ceifeiros deixavam para trás. Por coincidência, aquela parte da plantação pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.
4. Naquela hora Boaz chegou de Belém e disse aos ceifeiros: O Senhor esteja convosco. Eles lhe responderam: O Senhor te abençoe.
5. Então, Boaz perguntou ao responsável pelos ceifeiros: Quem é esta moça?
6. E ele respondeu: Esta é a moça moabita que voltou de Moabe com Noemi.
Boaz fala com Rute7. Ela pediu: Deixa-me recolher e juntar as espigas que caem entre os feixes, atrás dos ceifeiros. Então ela veio e está em pé desde cedo. Só agora descansou um pouco no abrigo.
8. Então Boaz disse a Rute: Escuta, minha filha; não vás colher em outro campo, nem te afastes daqui, mas fica com as minhas servas.
9. Fica atenta para onde estão ceifando e vai atrás das moças. Estou dando ordens aos moços para que não te incomodem. Quando tiveres sede, vai até os potes e bebe do que os moços tiverem tirado.
10. Então ela se inclinou, prostrou-se com o rosto em terra, e lhe perguntou: Por que achei favor aos teus olhos, para que te importes comigo, uma estrangeira?
11. Ao que lhe respondeu Boaz: Contaram-me tudo que tens feito pela tua sogra, depois da morte de teu marido: como deixaste teu pai e tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que antes não conhecias.
12. Que o Senhor recompense o que fizeste, que recebas grande recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar abrigo.
13. E ela disse: Que eu continue encontrando favor aos teus olhos, senhor meu, pois me consolaste e encorajaste a tua serva, e eu nem mesmo sou uma das tuas servas.
14. Na hora da refeição, Boaz lhe disse: Aproxima-te, come do pão e molha o teu pedaço no vinagre. Ela se sentou ao lado dos ceifeiros, e Boaz lhe ofereceu grãos tostados. Ela comeu até ficar satisfeita, e ainda sobrou.
15. Quando ela se levantou para recolher espigas, Boaz deu ordem aos seus servos: Deixai que recolha até entre os feixes; não a impeçais.
16. Tirai também dos feixes algumas espigas e deixai-as cair, para que ela as recolha, e não a impeçais.
17. Assim ela recolheu espigas naquele campo até a tarde. Depois, debulhou o que havia recolhido, e havia quase um efa de cevada.
18. Então, ela carregou a cevada e foi à cidade. E sua sogra viu o que ela havia recolhido. Rute pegou o que havia sobrado da sua refeição e ofereceu a ela.
19. Então sua sogra perguntou: Onde colheste hoje? Onde trabalhaste? Bendito seja aquele que se importou contigo! E ela relatou à sua sogra com quem havia trabalhado: O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz.
20. E Noemi disse à sua nora: Seja ele abençoado pelo Senhor, que não deixou de mostrar benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos. Noemi ainda lhe disse: Esse homem é parente nosso, um dos nossos resgatadores.
21. Então Rute, a moabita, respondeu: Ele me disse também: Seguirás de perto os meus ceifeiros, até que tenham acabado toda a minha colheita.
22. Então Noemi disse à sua nora Rute: É melhor mesmo que vás com as servas dele, minha filha. Em outra lavoura poderão te perturbar.
23. Assim, Rute ficou com as servas de Boaz, para recolher espigas até o fim da colheita da cevada e do trigo. E ela morava com a sua sogra.